Pesquisar este blog

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Beatriz

Beatriz (Uma palavra enorme)
(Mario Benedetti)

Liberdade é uma palavra enorme. Por exemplo, quando termina a aula, se diz que você está em liberdade. Enquanto dura a liberdade, você passeia, você brinca, você não tem por que estudar. Se diz que um país é livre quando uma mulher qualquer ou um homem qualquer faz tudo o que dá vontade. Mas até os países livres têm coisas muito proibidas. Por exemplo matar. Quer dizer, se pode matar mosquitos e baratas, e também vacas para fazer bife. Por exemplo, é proibido roubar, ainda que não seja tão grave que você fique com algum troco quando Graciela, que é minha mãe, me manda comprar alguma coisa. Por exemplo, é proibido chegar atrasado na escola, ainda que nesse caso tenha que fazer uma cartinha, ou melhor, Graciela tem que fazer uma cartinha justificando por quê. Assim diz a professora; justificando.
Liberdade quer dizer muitas coisas. Por exemplo, se você não está presa, se diz que está em liberdade. Mas meu pai está preso e está na Liberdade, porque assim se chama a cadeia onde ele está já há muitos anos. A isso o tio Rolando chama que sarcasmo. Um dia, contei a minha amiga Angélica que a cadeia em que está meu pai se chama Liberdade e que o tio Rolando tinha dito que era um sarcasmo e a minha amiga Angélica gostou tanto da palavra que quando seu padrinho lhe deu um cachorrinho, ela colocou o nome dele de Sarcasmo. Meu pai é um preso, mas não porque tenha matado ou roubado ou chegado tarde na escola. Graciela diz que meu papai está em Liberdade, ou seja, preso, por suas idéias. Parece que meu pai era famoso por suas idéias. Eu também às vezes tenho idéias, mas ainda não sou famosa. Por isso, não estou em Liberdade, ou seja, não estou presa. Se eu estivesse presa, queria que minhas duas bonecas, a Toti e a Mônica, fossem também presas políticas. Porque eu gosto de dormir abraçada pelo menos com a Toti. Com a Mônica nem tanto, porque ela é muito malcriada. Mas eu nunca bato nela, sobretudo para dar esse bom exemplo à Graciela.
Ela meu bateu poucas vezes, mas quando me bate eu queria ter muitíssima liberdade. Quando ela me bate ou me chama a atenção eu lhe chamo Ela, porque ela não gosta que eu fale assim. É claro que eu tenho que estar muito alunada para chamá-la Ela. Se, por exemplo, vem meu avô e me pergunta onde está sua mãe, e eu respondo ela está na cozinha, todo mundo já sabe que eu estou alunada, porque se não estou alunada digo só Graciela está na cozinha. Meu avô sempre diz que eu saí a mais alunada da família e isso me deixa muito contente. Na verdade, Graciela também não gosta muito que eu a chame de Graciela, mas eu chamo porque é um nome lindo. Só quando estou muito apaixonada, quando eu estou adorando muito e beijo e abraço e aperto e ela me diz ai menininha não me aperta assim, então sim, eu a chamo de mãe ou mamãe, e Graciela se comove e fica muito terninha e me acaricia os cabelos, e isso não seria assim tão bom se eu dissesse mãe ou mamãe por qualquer besteira.Ou seja: liberdade é uma palavra enorme. Graciela diz que ser um preso político como meu pai não é nenhuma vergonha. Que é quase um orgulho. Por que quase? Ou é orgulho ou é vergonha. Por um acaso seria bonito que eu dissesse que é quase uma vergonha? Eu estou orgulhosa, não quase orgulhosa, do meu papai, porque ele teve muitíssimas idéias, tantas e tantíssimas que o prenderam por causa disso. Eu acho que agora meu pai continuará tendo idéias, tremendas idéias, mas tenho quase certeza de que não vai contar pra ninguém, porque, se contar, quando ele sair da Liberdade para viver em liberdade, podem colocá-lo de novo na Liberdade. Estão vendo como é uma palavra enorme?

Encontros do mês de agosto

Nos dias 17 e 24 de agosto os orientadores de Educãção e Tecnologia se encontraram  na SEDUC para dar continuidade as formações.
No dia 17/08 tivemos a participação do professor Ricardo Brocco, com intervenções musicais. Logo após, os educadores Diógesnes Cesar, Leonardo e Elaine Malaspina (do Planeta Educação) deram formação de Tablet aos orientadores poorque todas as EMEFs da rede receberão este equipamento.
oi um encontro bastante produtivo.
No dia 24/08 tivemos a participação do Núcleo de Educação Inclusiva, com as coordenadoras Nathália, Rosana e Alice, para falarmos sobre os alunos inclusivos nas aulas de educação e tecnologia.
Após este momento, discutimos sobre ações que poderão ser realizadas nos próximos encontros.
Os encontros do mês de agosto foram bastante produtivos. Possibilitaram troca de experiências e discussões sobre temas importantes a serem trabalhados nas próximas formações.
Foi importante também pra fazermos uma avaliação das formações que já aconteceram até o momento.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Encontros - mês de julho

No final do mês de julho, retomamos nossas atividades pedagógicas. Os orientadores de educação e tecnologia se encontraram na SEDUC nos dias 25 e 26. Foram apresentados os resultados das avaliações realizadas por eles, pelos coordenadores e pelos professores da sala regular. Após a apresentação dos resultados, discutimos o projeto e pensamos sobre a formatação do projeto para o ano de 2013. Também retomamos a metodologia do projeto para alinha-lo para o próximo semestre.
Teremos para o mês de agosto formação de tablet.


Perguntas de criança...


Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a água...” De fato: se a égua não estiver com sede ela não beberá água por mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender...”
Às vezes eu penso que o que as escolas fazem com as crianças é tentar força-las a beber a água que elas não querem beber. Brunno Bettelheim, um dos maiores educadores do século passado, dizia que na escola os professores tentaram ensinar-lhe coisas que eles queriam ensinar mas que ele não queria aprender. Não aprendeu e, ainda por cima, ficou com raiva. Que as crianças querem aprender, disso não tenho a menor dúvida. Vocês devem ser lembrar do que escrevi, corrigindo a afirmação com que Aristóteles começa a sua “Metafísica”: “Todos os homens, enquanto crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer...”
Mas, o que é que as crianças querem aprender? Pois, faz uns dias, recebi de uma professora, Edith Chacon Theodoro, uma carta digna de uma educadora e, anexada a ela, uma lista de perguntas que seus alunos haviam feito, espontaneamente. “Por que o mundo gira em torno dele e do sol? Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul? Quem foi que inventou o Português? Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas? Como a explosão do Big Bang foi originada? Será que existe inferno? Como pode ter alguém que não goste de planta? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um cego sabe o que é uma cor? Se na Arca de Noé havia muitos animais selvagens, por que um não comeu o outro? Para onde vou depois de morrer? Por que eu adoro música e instrumentos musicais se ninguém na minha família toca nada? Por que sou nervoso? Por que há vento? Por que as pessoas boas morrem mais cedo? Por que a chuva cai em gotas e não tudo de uma vez?”
José Pacheco é um educador português. Ele é o diretor ( embora não aceite ser chamado de diretor, por razões que um dia vou explicar...) da Escola da Ponte, localizada na pequena cidade de Vila das Aves, ao norte de Portugal. É uma das escolas mais inteligentes que já visitei. Ela é inteligente porque leva muito mais a sério as perguntas que as crianças fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. Pois ele me contou que, em tempos idos, quando ainda trabalhava numa outra escola, provocou os alunos a que escrevessem numa folha de papel as perguntas que provocavam a sua curiosidade e ficavam rolando dentro das suas cabeças, sem resposta. O resultado foi parecido com o que transcrevi acima. Entusiasmado com a inteligência das crianças – pois é nas perguntas que a inteligência se revela – resolveu fazer experiência parecida com os professores. Pediu-lhes que colocassem numa folha da papel as perguntas que gostariam de fazer. O resultado foi surpreendente: os professores só fizeram perguntas relativas aos conteúdos dos seus programas. Os professores de geografia fizeram perguntas sobre acidentes geográficos, os professores de português fizeram perguntas sobre gramática, os professores de história fizeram perguntas sobre fatos históricos, os professores de matemática propuseram problemas de matemática a serem resolvidos, e assim por diante.
O filósofo Ludwig Wittgenstein afirmou: “os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”. Minha versão popular: “as perguntas que fazemos revelam o ribeirão onde quero beber...” Leia de novo e vagarosamente as perguntas feitas pelos alunos. Você verá que elas revelam uma sede imensa de conhecimento! Os mundos das crianças são imensos! Sua sede não se mata bebendo a água de um mesmo ribeirão! Querem águas de rios, de lagos, de lagoas, de fontes, de minas, de chuva, de poças dágua... Já as perguntas dos professores revelam ( Perdão pela palavra que vou usar! É só uma metáfora, para fazer ligação com o ditado popular! ) éguas que perderam a curiosidade, felizes com as águas do ribeirão conhecido... Ribeirões diferentes as assustam, por medo de se afogarem... Perguntas falsas: os professores sabiam as respostas... Assim, elas nada revelavam do espanto que se tem quando se olha para o mundo com atenção. Eram apenas a repetição da mesma trilha batida que leva ao mesmo ribeirão...
Eu sempre me preocupei muito com aquilo que as escolas fazem com as crianças. Agora estou me preocupando com aquilo que as escolas fazem com os professores. Os professores que fizeram as perguntas já foram crianças; quando crianças, suas perguntas eram outras, seu mundo era outro...Foi a instituição “escola” que lhes ensinou a maneira certa de beber água: cada um no seu ribeirão... Mas as instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E, se forem mudadas, os professores aprenderão o prazer de beber de águas de outros ribeirões e voltarão a fazer as perguntas que faziam quando eram crianças.



Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

   1-               Por que as mulheres amadurecem antes que os homens?

   2-               Por que os alunos não se interessam pela escola?

   3-               Por que o homem é menos sensível do que a mulher?

   4-               Qual é o esporte mais popular?

   5-               Por que o sol é amarelo?

   6-               Por que os animais não pensam?

   7-               O que é o amor?

   8-               Quem inventou o carro?

   9-               Em que ano foi criada a escola?

   10-            Estamos mesmo sozinhos no universo? Existem extraterrestres?

11-             O que é a Terra?

12-             O que é o choro?

13-            Por que o mar é salgado?

14-            Por que o arco – íris é colorido? Por que ele tem este nome?

   15-          Do que o mundo é feito?

  16-          Quais são os riscos de ser um bombeiro?